domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Às vezes acordamos de manhã e, por entre aqueles sonhos que se desvanecem lentamente, e os raios que nos acordam de uma forma suave e deliciosa, olhamos pela janela.
Olhamos, e por entre a neblina matinal, a paisagem ainda desfocada de sono, sabemos que vai ser um bom dia. Sabemos simplesmente. Hoje o mundo esteve bonito. Ai esteve sim senhora.
Pode ser que amanhã ainda esteja melhor.

domingo, 18 de setembro de 2011

Tenho imensa coisa para publicar no Blocos de Desenho, mas não gosto muito do visual daquilo. Que me aconselham?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estive de férias. A viver outra vida, a conhecer outra realidade.
E pessoas, pessoas feitas de ferro com um coração de chocolate. Pessoas com trejeitos de encantar e sorrisos magníficos. Com sonhos, ideias e esperanças sempre prontas a serem discutidas.
E conheci a Inês, a pessoa com a cara mais fofinha que possam imaginar, com uma gargalhada que nos faz rir só de lembrar, feita de algodão doce e recheada de açúcar para os peixinhos.
Estive de férias, e voltei com o coração um pouquinho mais doce. E eu que nunca gostei muito de açúcar.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pseudo crónica

Com muitas teias de aranhas prontas a serem limpas.
A verdade é que estas férias andam a ser um rebuliço para cá e para lá. Enfim, o descanso já está a vista, o regresso ao trabalho também.

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 Lisboa é peculiar.
Peculiar na sua forma de ser e de andar, sempre demasiado irritadiça, demasiado apressada.
Peculiar, de telhados coladinhos e edifícios históricos. De praças e largos, de cidade agregada ao rio.
Em perfeita simbiose, nem o rio é famoso sem a cidade por lá, nem a cidade tem vida e funciona sem o rio por perto.
Na verdade, toda a Lisboa vive numa intricada simbiose difícil de compreender, mas fácil de integrar. Lisboa não vive sem os trabalhadores desatentos e apressados, os condutores stressados, os turistas incrédulos e as obras intermináveis na maioria da estrada. Isto porque, se não houvesse obras, não haveria tanto trânsito, logo os condutores não andariam tão stressados e não passariam a ser trabalhores apressadores e num constante refilar. E é claro, os turistas poderiam apenas apreciar a paisagem e não toda a agitação típica de Lisboa. E Lisboa, sem todas estas coisas que até podem parecer de alguma forma inúteis ou memso indesejáveis, seria uma cidade morta, de telhados coladinhos, pessoas desatentas e passivas, de condutores domingueiros, com estradas inventadas por terra batida e turistas a passar ao lado. Lisboa é cidade de vícios, mas nem os vícios sobrevivem sem a cidade, sem a cidade vive sem os vícios.
Para quem observa de fora e com o juízo toldado de outros costumes é peculiar o andar e ser da cidade. Para os citadinos, é enfiar na segunda à direita para fugir às obras, refilar por todos optarem pelo mesmo atalho e continuar a ladainha de refilanço por não ter salários, por não ter café, por querer mais férias, mais folgas e menos crise. E, como é claro, nem reparar em tudo o que a cidade tem para oferecer. E refilar mais um bocado por termos os Pasteís de Belém sempre cheios de turistas e sem lugar para sentar. E as obras ali ao virar da esquina...

domingo, 8 de maio de 2011

Hoje vou simplesmentar deixar fluir.
Heje deixo fluir o lápis e descubro que rios ele desenha.
Deixo fluir a língua e perco-me nas suas contrariedades que adoro e que lhe são tão próprias.
Deixo fluir  o sorriso e aprecio os amigos que ele convida.
Deixo fluir o pensamento, certa de que parará em terras longíquas e distantes, e em pessoas demasiados especiais para esquecer.
Deixo-me fluir, e descubro mil expressões sem fim, e um cantinho para cada um delas.
Deixo-me fluir, e relembro que sou apenas o meu eu de ontem a desvanecer, o meu de amanhã a florir.

Hoje vou deixar fluir a vida, ela atrairá alegria.
Hoje deixarei fluir a felicidade, e sei que a recompensa é um mundo rodeado de paixão.
Hoje, que deixei simplesmente fluir, até as nuvens desapareceram do horizonte.
Chuva, hoje, só se for nos aspressores coloridos por onde ainda gosto de saltar.


SM**Cappuccino

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Anchor

Há momentos que vêm, tocam-nos ao de leve, provocam-nos um arrepio, um sorriso, um voltear. E depois desaparecem, sem deixar rasto, sem deixar memória. Pequenos pedaços de emoções com que vamos enchendo o nosso dia-a-dia, construindo uma realidade repleta de pequenos pormenores.
E depois há momentos excepcionais, que nos dilaceram até chegarem ao coração, se escondem lá dentro, bem fundo para que ninguém os consiga arrancar. Pequenas âncoras a que recorremos nos maus dias. Uma cura para a tristeza, uma chávena de cacau quente num dia frio, um pisotear de folhas de Outono, uma explosão de cores silvestres e alegrias de Verão. Um sorriso, um toque, uma frase. Pequenas memórias que não queremos largar por nada, que não deixamos ninguém agarrar. Pequenas memórias que se tornam no que nos move. No que, no fim de contas, acabamos por ser. Uma força pura que luta contra todos os obstáculos que aparecem, que não nos deixa parar.
E sabem que mais? Acabamos por vencer.

Mais tarde ou mais cedo. Vencemos sempre.

SM**Cap

domingo, 17 de abril de 2011

With lots of strings

Tenho demasiadas cordas. Demasiadas cordas, exactamente.
Cordas feitas de aço que me prendem a respiração, sem me prenderem realmente a sítio nenhum.
Murmúrios e lamúrios inconsistentes aos meus ouvidos. Grilhões sem sentido, consciências refinadas no exímio poder manipulador.
Mas posso-as apenas ouvir. Nada dizem, nada significam, não interessam. Não se interessam.

Basta, chega.
Quero voltar a sentir, a sentir-me livre, a sentir as palavras a ressoar no ar, flutuando docemente enquanto são proferidas, as linhas escritas a desvanecerem nos pensamentos, a música a tocar ao longe, ecoando dentro de mim, batendo ao mesmo ritmo que o meu coração (ou será ao contrário? não, sei, já perdi toda a noção).
A realidade escapa-me por entre os dedos e não a consigo agarrar. Demasiado líquida, demasiado escorregadia e básica, já não chega para me contentar. Demasiado irreal para existir neste mundo.

E, no entanto, há uma voz ao fundo. Muito ténue, muito suave. Mal a oiço. Não ressoa, não soa. Apenas a sinto, um arrepio pelo braço acima, um sussuro doce na orelha. Um abraço conhecido, um brincar com os cabelos, um olhar compreendido. Pensamentos partilhados. Uma realidade demasiado irreal substituída por uma verdade que já conheço de cor mas que, no entanto, cada dia descubro. Um novo sorriso, um cabelo desalinhado.
Portanto sim, com montes de cordas. Cordas cortadas e atiradas ao chão, pisadas e esquecidas. E uma nova realidade, construída a partir de pedaços de emoções puras, pintada com gestos. Não, não me escapa sem parar por estes dedos que seguras. Não, está segura dentro do meu coração.

Como devia ter estado sempre.


SM**Cap

sábado, 5 de março de 2011

   Quis escrever sobre ti.
   Tentei mesmo. Transformaste-te numa parte importante do meu mundo e mereces reconhecimento.
   Mas não podia. E não posso.
   Porque, para escrever sobre ti, para escrever aqui sobre ti, teria de exagerar. Transformar os gestos simples em actos rebuscados e falsos. Pegar nas palavras sentidas e imaginar clichés jamais proferidos. Reinventar a nossa situação, escrever um novo passado.
   E não posso. Não posso, porque de rebuscados e falsos nada temos. Duas almas, que apenas se guiam pela sinceridade, agindo apenas porque nos parece correcto. Por instinto, por descoberta, por amor.
   E não posso estragar isso, não posso idealizar uma nova condição, render-me à realidade metafísica, abandonar o concreto e real. Porque a nossa situação, contra tudo e todos, já é perfeita.
Repleta de dúvidas e barreiras, limitada por infantilidades inexplicáveis, por sentimentos que ninguém compreende, é verdade. Mas perfeita ainda assim.



SM**Cappuccino

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não, não é isso.
É um riso diferente, um corte fundo no coração que não sara, as protecções quebradas, um mundo vulnerável.
Fios de marionetas que antes não existiam, olhares falsos repentinos, um trejeito estranho.
Não sei como podes achar que não mudou entre nós.
Não sei como podes achar que tudo está exactamente igual.

SM**Cappuccino

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Miss**

Tira-me tudo. Tira-me o cheiro a canela e os bolos acabados de fazer. Tira-me a música que completa o silência, tira-me a explicação das mais simples coisas.
Tira-me tudo, mas não me tires o Sol.
Não, não me tires essa beleza de ouro que me aquece e faz reviver, recordar... Não me tires essa estrela que me põe reflexos no cabelo e doura os olhos. Não, não me tires o meu pequeno jubílio, o meu transporte para os Verões passados e inesquecíveis.
Não, não é por ser bonito e alegre e por me fazer recordar demasiadas coisas e ansiar por tantas outras. Não, não é.
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-Tenho saudades do Verão.
-Nem me lembres.
-Porquê? Tens assim tão más recordações?
-Não. Essas são fáceis de apagar. De escrever na areia e vê-las a desaparecer com a água. O problema são as outras, gravadas no coração, que me trazem saudades loucas e infidáveis de momentos que nunca mais tornarão a acontecer.
-Ora, mas isso é bom, ficam para sempre no coração.
-Não. Esqueces-te que essas são as saudades que doem mais.
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Não, não é.
É porque eu preciso.



SM** Cappuccino
A ansiar por Sol e passeios que nunca mais acabam...
E sim, eu sei que ninguém vai perceber a ligação da foto ao Verão e a isso tudo. Mas podem crer que é imensa.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Do outro lado

Gosto da tua pulseira.
Gosto dos pequenos berloques e do significado que lhes dás.
Gosto de te ver passar os dedos por ele, inconscientemente.
Sabes? Ficas, assim como assim, vulnerável. Exposta ao mundo, abres uma pequena fresta para que eu possa entrar nesse teu estranho e distinto mundo. Mas eu faço sempre demasiado barulho. Uma perturbação na tua lógica detalhada. Um corpo estranho no meio da tua desordenação conhecida. Um fragmento num local onde já existe um todo. E então olhas para mim, com esses teus grandes olhos, fechas a muralha, entras no meu mundo. Nunca pedes autorização, basta-te um olhar para o conseguir.
Mas, sabes? Mesmo que conseguisses, nunca te impediria de entrar. Um pouco de conforto por entre a revolta. um pouco de calma na minha tempestade. Um pouco de calor nesta manhã gelada.
Uma pequena âncora a que me agarrar.


SM**

domingo, 16 de janeiro de 2011

Writings

O meu único problema é ficar pela escrita inacabada.
Frases a meio, discursos interrompidos, pensamentos sumidos.
Não deixo as personagens terem um fim, pelo contrário, vagueiam sem fim no ínicio de poema que para elas criei.
Não deixo que os versos façam sentido, sem terem uma pequena estrefe que explica tudo, que os completa até ao mais ínfimo pormenor.
Não deixo que o vento me apague as palavras que quero dizer, guardo-as apenas num canto da minha memória, à espera de as desenterrar para quando tiver tempo para as ouvir.

Sim, porque as palavras falam por si. E, normalmente, dizem muito mais do que o significado que vêm no dicionário. Não acreditam?
Dourado. Dourado lembra-me tardes infinitas a correr na praia, desfazendo ondas, refazendo tranças, admirando o pôr do sol.
Chocolate. Chocolate traz-me memórias de fins de dia na cozinha, rodeada de farinha e gargalhadas, a descobrir as maravilhas do forno.
Sobrancelha. É a minha palavra preferida. Se a disserem como eu a digo podem ouvi-la a flutuar no ar, a pairar à nossa frente, delicamente, à espera que olhemos para ela, que a entendamos.

Portanto, sim isto tem estado abandonado. E cheio de teias de aranha. Mas a verdade é esta: o que tenho escrito, porque tenho imaginado imenso, não pode ser colocado aqui. Por preferência minha.

SM**Cappuccino
P.S.: esta "autora" não segue (e recusar-se-á a seguir) o novo acordo ortográfico. É aCto e não ato. Ato é do verbo atar, como "eu ato os atacadores". E ponto final.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Letter to the forgotten

Minha pequenina:
Sempre a sorrir
Com um manto de caracóis feitos do mais puro chocolate negro,
Com um toque de baunilha e caramelo,
Um cheiro a canela e reflexos de cerejas de verão.

Não lhes ligues.
Não ligues a ninguém,
Continua a desbravar caminhos e a encontrar percursos escondidos.
Continua a enterrar os pés na areia morna e a passear pela água gelada,
Como sempre soubeste fazer.

Mostra-lhes o teu sorriso de pôr-do-sol,
Olha-os com os teus olhos de infância jamais esquecida
E continua.
Continua por esse mundo de estilhaços, intocável, dentro da tua bola feita de sonhos,
Envolta numa atmosfera por ti criada.
Nunca esqueças o que és e sempre fostes. Nunca.

Porque tu... Tu és aquilo que eu me esqueço sempre de ser.


SM**Cappuccino
E sim, eu sei que o blog tem estado completamente abandonado, mas.......