Bate na tecla.
Bate toca, bate toca, bate bate gira e toca.
Bate na tecla, toca no chão, dança.
Bate suavemente na tecla do velho piano mudo,
à espera que ele desperte do seu sono sem fim.
Bate toca, bate toca.
Toca no chão, levemente, tão levemente que parece voar.
Toca no chão, apenas para me acompanhar.
Bate bate gira e toca.
Rodopia, um volta graciosa e leve melodia.
Pára, o público aplaude.
A bailarina fica só no seu pequeno palco.
Só no seu pequeno mundo.
Apesar de toda a gente a ver, ela não vê ninguém.
Ninguém a conhece, ninguém sabe a sua vida.
Ela é apenas uma diversão.
Uma ilusão colorida que se desfaz pouco a pouco neste mundo manchado de trevas.
SM**Cappuccino
7 comentários:
Pela maneira fantástica como escreves, até um piano mudo, nos teus dedos, exprime a mais bela das músicas :o)
Um beijo e um sorriso :o)
tão simples, tão lindo :)
love it *
Oh obrigada :D
De nada :o))
Pleasure is all ours :o))
este poema soou-me como uma música, num staccato fluido, se é que isso é possível. gosto da melodia das tuas palavras. e do som que elas fazem enquanto, como habitualmente, sussurro o que os meus olhos lêem. gosto de saborear palavras. as tuas são doces.
Obrigada :D
Nina winda, ainda estás a bater na tecla? :o)
Bom fim de semana :o)
Um beijo e um sorriso :o)
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