segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dedicado a...

Muitos me perguntam a quem dedico este ou aquele poema. Não os costumo dedicar a ninguém, porque, apesar de parecer, não pensava em ninguém em especial. Este, não é sequer um poema, é mais um texto. Mas este dedico, e dedico-o a todos os meus leitores. Para que encontrem paz e sorriam.




Passava por caminhos sem fim, sem destino certo ou mesmo itineráro.
Passava por ali apenas porque sim.

Não liguei ao caminho,
Não liguei o mp3,
Não corri, não dancei, não saltei.

Chovia, estava um daqueles dias "cinzentos e tristes", um daqueles dias bons para pensar. Mas eu nem isso conseguia fazer.
Saltei por cima de poças, até ficar encharcada numa tentativa de lembrar a já passada infância.

Lembrei-me daquela frase: "Gosto de andar à chuva porque ninguém repara que estou a chorar."
Eu cá gosto de andar à chuva para sentir algo a bater contra o meu corpo.
Gosto de andar à chuva porque gosto do frio dócil das pérolas do céu.
Gosto da chuva porque gosto de apanhar gotas em pleno ar.
Gosto da chuva porque rega os campos.
Gosto da chuva porque gosto.
Gosto da chuva, porque sem chuva não há arco-íris.

E um apareceu à minha frente.

Pensei em perseguir o seu fim, deixar-me levar até não poder andar mais, visto já não saber mesmo onde estava. Comecei a seguir esse pensamento, até que, no caminho, encontrei um rebento a brotar da terra. Um pequeno ponto verde no meio de tanta terra. E sorri. Sorri porque a vida continua. Sorri porque havia algo que não desistia. E sorri principalmente porque sabia que tinha encontrado um dos fins do arco-íris.

Continuei a andar, vi pessoas a olhar para mim. Eu continuava com o sorriso de quem tinha encontrado a paz.

E então vi-te. Vi-te, rodeado por uma imaginária luz. Os teus olhos ansiosos, o teu sorriso tranquilo. E soube que tinha tido demasiada sorte num só dia.

Agora sabia onde estavam os dois fins daquele arco-íris. E soube que eu tinha algo porque lutar.


2 comentários:

kimporta disse...

Que sorte a tua. Encontrares um arco-íris e as duas extremidades. Não com potes de ouro mas com a felicidade que também nos transmites. Andar à chuva sempre foi óptimo!

Raquel disse...

acho que essa de perguntar a quem dedicas o poema é tb o q faço xd
Obrigada por dedicares o texto a nós, os teus leitores e comentadores.
É sempre bom ter amigos 100% felizes!!