sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sol da Manhã


Hoje acordei cedo. Vesti-me, despachei-me, saí de casa.
Ia no carro e olhei pela janela. O sol começava a nascer. Os prédios estavam tingidos de uma luz clara e rósea, típica do nascer do dia. Estava um céu ainda meio escuro, com uma leve brisa a anunciar a manhã. Corria por todo o lado, como que alertando as pessoas para se prepararem.
O verde começava a ganhar a sua tonalidade. A noite começava a desaparecer, as estrelas deixavam de se ver no céu infinito. Os prédios passavam por mim sem que os conseguisse ver. Procurava em todas as fendas aquela luz rosada que me tinha apaixonado.
Deixei de a ver, procurava cada mais e com mais ansiedade. Até que a voltei a encontrar, mesmo de frente. Mas já não era rosada, era já amarela, e brilhava em todo o seu esplendor. Era agora a Rainha do Céu, e não a luz tímida que surgiu quando acordei.
Agora reinava, iluminava tudo, e a cidade voltou ao seu velho estado. Não era mais rosa, nem a brisa corria anunciando o dia. Agora a cidade era novamente cinzenta e o vento arrastava apenas areia das obras ali perto.
Mas no Céu brilhava a luz que eu procurara durante toda a semana.

Afinal, bastava erguer-me um pouco mais.

SM**

1 comentário:

Raquel disse...

Lindo, consigo ver perfeitamente a evolução presente desde a luz ténue ao dia! Mesmo assim prefiro quando escreves poesia...