sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal para todos!


domingo, 19 de dezembro de 2010

BONES: Max told me that being alone at Christmas means that nobody loves you. She's burying her son. Alone. On Christmas. I think that's heartbreaking.


BOOTH: You know, when I say "heartbreaking," you say that the heart is a muscle so it... it can't break, it can only get crushed.

BONES: Isn't it heart-crushing?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dance

"Dance as though no one is watching you

Love as though you have never been hurt before
Sing as though no one can hear you
Live as though heaven is on earth."

So, so true...

sábado, 18 de setembro de 2010

Batidos de fruta e especiarias

Se me fores procurar a casa, aviso-te que já lá não estou.
Fui para o pontão, o nosso pontão que é de toda a gente que por lá passa. E não é de ninguém.
Fui relembrar as nossas tardes com sabor a canela, arrepios de laranja e cores doces.
Relembrar os momentos que nunca pudeste entender, embora eu entendesse pelos dois.
Relembrar tudo o que fazia, contrariada, desejando estar nos campos de kiwi onde cresci a olhar o rio pintado com leves reflexos de baunilha.
Relembrar o bolo que não gostaste, que nem sequer provaste.
Relembrar que costumava associar cores e sabores a momentos especiais.
Relembrar que adorava quando me dizias que o meu cabelo era chocolate derretido, com notas de limão, reflexos de caramelo e tons de paprika.
E, entretanto, em reflexões onde tu não entravas, lembrei-me que cozinhar não envolvia livros, nem medidas, nem regras, apenas o cheiro que me deixava antever o sabor, a cor a aromarizar, a textura aveluda de algo que outrora me escapava pelos dedos.

Se me fores procurar a casa, aviso-te que já que estou na cozinha.
E que, ao contrário de todas as outras vezes, não, não te vou deixar entrar. Nem sequer vou ouvir a campainha.

SM**Cappuccino

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Águas e algas fortificadas

Olhas para o mar como se o conhecesses.
Como se o entendesses, como se lhe perdoasses a sua fúria.
Constróis uma barreira invisível à tua volta, meticulosamente; os teus olhos escuros fecham-se e não brilham com a luz do sol. Não reparas quando fazes isso. Sei que nem sabes que estou ao teu lado. Só vês o mar, a forma como reflecte a luz do sol, a espuma em cada onda. Não me deixas entrar nessa tua fortaleza. Aliás, não deixas ninguém entrar.
Observas o mar como ninguém. Como se lhe percebesses os mistérios que encerra, como se sentisses cada uma das suas criaturas fantásticas, como se fosses uma delas. Como se lhes desvendasses as ilusões verdadeiras.
Sempre me disseste que o mar não é o reflexo do céu. Porque, se fosse, seria um reflexo distorcido. O mar é tudo aquilo que o céu esconde. Se o céu está triste e chora, o mar revolta-se. Se o céu se apaga, o mar torna-se escuridão. Se o céu é límpido e claro, o mar veste as suas cores mais bonitas e mostra-as ao vento invejoso.  O mar é tudo o que o céu esconde.  O mar é tudo o que o céu deseja ser. Os teus olhos são tudo o que o teu sorriso esconde. Os teus olhos, grandes, brilhantes, com mais reflexos do que o próprio mar, são tudo o que o teu sorriso deseja ser. Um dia hás-de ver isso. Hei-de tirar-te uma fotografia quando estiveres demasiado absorta e não reparares. Não te vais reconhecer. Sei que não.
E, no entanto, é assim que eu te conheço melhor.
Assim, é a única parte de ti que conheço realmente.


SM**Cappuccino


P.S.: Descobri, graças à nova adição das estatíscas no painel do blogger, que tenho visitantes de Portugal, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Roménia e Holanda. Por isso: Olá! Hi there! Bonjour! e olá em romeno e holandês. e Muito obrigada pela visita!, Thank so much for your visit!, Merci pour vôtre visite! e o mesmo em romeno e holandês.
E muitos beijinhos a todos. E não Marta, não consegui enviar antes das cincos. Envio para a próxima palavra, sim?

P.S 2: Descobri também que tirei umas fotografias mesmo giras ao pé de nenúfares, mas que pus a máquina em manual e nunca mais me lembrei de tirar, então ficaram todas pixeladas. Montes de Pôxa e Apuuuu

domingo, 29 de agosto de 2010

"Um dia danço e canto no meio da rua!"


Já fiz isso. E, por enquanto, ando demasiado feliz para passar aqui muito tempo.
Desculpem a ausência.

SM**Cappuccino
E vão todos dançar e berrar para o meio da rua, só vos faz é bem!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Like cristals

    Hoje fui a rapariga da praia.
    Aquela rapariga que cmprimenta o mar, que corre para ele. Aquela rapariga que não teme o mar, nem tão pouco o adora. Ela é o próprio mar, com todos os seus caprichos e arretiques*, todas as suas voltas e curvas, toda a sua força , toda a sua serenidade. Ela conhece-o, as correntes, os sítios quentes, a areia roliça por baixo, os seus movimentos naturais.
    Conhece cada ondulação como a palma da sua mão, cada onda irragular, firme e suave.
    Aquela rapariga que trepa pelas rochas, as mãos a encontrarem as reentrâncias, os pés a rodearem os mexilhões, o nariz a descobrir um ouriço.
   Em tempos fui essa rapariga, todos os dias do meu curto Verão. Hoje, lembro-me e sonho com esse tempo, tentando desesperadamente parar a progressão, impedir o futuro de chegar. Mas o tempo passa pelas minhas mãos e nada deixa a não ser cortes, como puro cristal que passa. Tenho as mãos dormentes, em carne viva, mas não posso desistir. Bani essa palavra, construí um novo dicionário. E vou continuar a tentar agarrar esses preciosos cristais que me escapam. Eles são a minha única memória.
    A minha única memória tua.



SM**Cappuccino

*sim, eu sei que é só tiques, mas não gosto da palavra. Arretiques, o que é que se há-de fazer?
Estou a pensar fazer um quadro de areia a ilustrar este texto. Por enquanto fica esta imagem.

Escrevinhei um texto na praia, já passo por cá com mais tempo para o pôr.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Nês atribui-me uma música ao blog. Quem a quiser ouvir, é só carregar no linkXD
Obrigada querida

http://www.youtube.com/watch?v=PnGNWFV6Rak

É suposto passar a 5 blogs, mas peço imensa desculpa, não aceito restrições de números.
 Quem quiser uma música, peça e eu atribuo. Simples, certo? ;P

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Se calhar não fomos feitos para entender.
Se calhar fomos feitos para amar loucamente e deixarmo-nos ir.
Feitos para lutar desesperadamente por aquilo em que acreditamos e chorarmos devastadoramente por aquilo que perdemos.

Se calhar, não é suposto premeditarmos demasiado nas coisas, e sim deixá-las aocntecer espontaneamente.
Se calhar o mundo está todo ao contrário e nós estamos lá metidos, numa confusão revoltada e retorcida.

Se calhar isto é tudo verdade.
Mas sabem? Não vejo mal nenhum nisso.



E sim,continuo a acreditar em sonhar com o impossível. E em lutar por ele.
E não, continuo a não ver nenhum mal nisso.


 
SM**Cappuccino
(sempre fora de casa e demasiado ocupada para me lembrar que tenho que cá vir de vez em quando...)

domingo, 27 de junho de 2010

Caixa antiga

Pego na laranja.
Está ácida quase de certeza, mas não importo.
Estou a tirar fotografias de uma velha caixa, uma cápsula imaculada do tempo, que sobreviveu por entre mudanças de casa, de países e cidade e, pior, por repentinas e violentas mudanças de humor.
Tiro a casca da laranja devagar.
Encontro um boneco antigo e sorrio. Está (mal) remendado, mas sobreviveu na mesma. Ponho-o no meu colo.
Tiro um gomo da laraja e como-o.
Eu sabia: está mesmo ácida.
Vejo fotografias antigas: a jogar à apanhada, empoleirada nas árvores, sempre com um sorriso.
Pouso a laranja no prato que está em cima da mesa desde ontem, à espera de ser usado por alguém ou de voltar a ser arrumado.
Saio de casa e vou comprar um álbum. Não sei porquê, mas vou.
Volto, a laranja está no mesmo sítio, tal como a deixei, em parte graças a todos os antioxidantes que possui e não pela minha vontade. Mas isso não importa nada.
Ponho as fotografias todas no álbum, calmamente. Legendo-as, ridiculamente, como sempre fiz.
Arrumo a caixa, acabo de comer a laranja.
Fecho o álbum, ponho-o numa gaveta, vou dar uma volta.
O peluche caiu à muito e espera que eu repare nele, no meio do chão, com o seu sorriso cosido.


Exactamente. É sempre assim. Deixo de me importar com os maus momentos da vida, porque me lembro sempre de que há uns bons. É assim que a vida continua. Que a arrumamos e continuamos a andar.
Só me esqueço (sempre) da infância, ali perdida no meio do chão, com o seu sorriso eterno e cativante.

SM**Cappuccino
(troco a imagem assim que arranjar uma foto ou assim parecido com o que queria retratar)

domingo, 20 de junho de 2010

A F.G. ofereceu-me um selinho :D

Tenho que dizer o que significa Amar para mim... Mas acho que Amar significa tanto, tanto, tanto, que foi por isso que inventaram uma palavra só para  descrever este sentimento. Senão, vejam todos os poemas e textos escritos a este respeito: ainda nenhum consguiu dizer tudo o que Amar significa. Por isso, acho que Amar é só Amar. Não tem explicação, mas toda a gente sabe quando ama :)

Passo-o a todos os que quiserem :)

Ofereceram-me ainda este selo (obrigada M&Ms  :D ), que eu adorei:

Até porque, para quem não sabe, agora ando a tocar piano. Um pseudo-piano, mas ainda assim :)

Update: recebi outro da Nês :D


Tenho que o passar a outros 10 blogs que me aqueçam o coração...

http://gentesentada.blogspot.com/  - Para a Marta
http://estrelasdedia.blogspot.com/  - Para a Rita
http://cor-e-vontade.blogspot.com/  -Para a Carla
http://eu-indecisa.blogspot.com/  - Para a Luna
http://go-outandlovesomebody.blogspot.com/  -Para a Sandie :)
http://sofiaomeumundo.blogspot.com/  - Para a Sofia X)
http://aencher.blogspot.com/  - Para a Meio Cheio
http://caminhosonho.blogspot.com/  - Para a F.G.
http://oespacodasflores.blogspot.com/  - Para a Lí
E o décimo lugar é para todos os seguidores/leitores que já não cabiam na lista :)

O que me aquece o coração? Ver que há pessoas que, apesar de tudo, mesmo mesmo tudo, não desistem e acreditam que sorrir é o melhor remédio.


SM**

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Passa que não passa

-Estás cheio de cicatrizes.
-Não te preocupes, isso passa tudo.
-Tudo passa?
-Não, mas a maior parte das coisas passa e nem damos por isso.
-Nós passamos?
-Não, claro que não. É-nos impossível passar.


SM**Cappuccino
(Com saudades nem sei bem do quê...)

sábado, 5 de junho de 2010

Bolo de risos

Vou fazer um bolo....
Fazes comigo?
Juntas manteiga, mas não muita, sabes que eu não gosto.
Açucar (sim, põe lá o que quiseres, mas não abuses!)
Agora vais misturar tudo muito bem e adiciona um pouco de irreverência.
Uma pitada de farinha e beleza,
Uns dois ovos e pinos ao luar,
Muito leite para ficar fofinho e montes de gargalhadas para crescer.
Agora junta-lhe um bocadinho de cacau e do teu sorriso, para voltar a ficar doce.
Junta-lhe as nossas tardes bem passadas e as viagens (re)lembradas
Junta-lhe fotografias e brincos de cereja
Junta-lhe paisagens de cima das árvores.
Junta-lhe as boas partes de terça-feira e deixa a marinar.
Quando começar a cheirar a amizade, envolve suavemente todas as dificuldades para derreterem no forno.
Não te esqueças a untar a forma com montes de risos e sorrisos.
Põe no forno e não lhe abras a porta. Agora precisa de tempo para crescer.
Vá, eu deixo-te espreitar.
Vês ali? É o nosso futuro.


SM**Cappuccino
(lembras-te de ter pintado aquilo no Verão passado?)
P.S.: Já tenho mealheiro outra vez XD

domingo, 23 de maio de 2010

Clicks de Domingo



Gosto de Domingos de manhã.
Acordo cedo sem nada para fazer,
Mas com muito trabalho para preparar.
Pego na máquina e começo a fotografar a desorganização natural do meu pequeno espacinho.
"O Universo tende para o máximo de entropia (caos)" e o meu espaço não foge à regra.
Sem flash, não gosto do tom que dá,
Assim fica muito mais natural.
Gosto quando dá mais trabalho a desfocar uma cena do que a focá-la.
Gosto de (des)focar os livros e as fotos do roupeiro;
enquanto tenho um livro em cima da cama,
Meio lido, meio decorado, completamente amado;
A luz a entrar levemente, a preguiça a impedir-me de abrir mais os cortinados.
Uns quantos peluches no chão, e relembrarem-me o tempo em que brincar já era fazer demasiado,
A viola a pedir para ser tocada, apoiada nas costas da cadeira, soturna e triste,
O meu mealheiro à espera de pintura.
Mas gosto desta desorgaização.
Faz-me sentir... em casa.
E isso chega, certo?

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Sim eu sei que não tenho feito nada. Mas sabem?, tenho feito demasiada coisa.
Prometo que daqui a duas semanas volto com mais novidades (de jeito), nos dois blogs.

SM**Cap
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(Porque esta música não me sai da cabeça...)

You with the sad eyes

don't be discouraged
oh I realize
it's hard to take courage
in a world full of people
you can lose sight of it all
and the darkness inside you
can make you fell so small

But I see your true colors
shining through
I see your true colors
and that's why I love you
so don't be afraid to let them show
your true colors
true colors are beautiful like a rainbow

P.S:Descobri agora que o meu blog fez um ano há dois meses... :X

sábado, 15 de maio de 2010

Pink

Imagina uma caixa cheia de tinta vermelha.
Vermelho, daquele vermelho mesmo vivo.
Vermelho, daquele vermelho paixão e comum, mas apaixonante e sedutor.
Vermelho.
Deixem cair uma pequena gota de branco.
Branco inocente.
Branco puro, paz, perfeição.
Branco.
E outra, e outra.
E, de repente, já não têm tinta vermelha, nem branca, têm rosa.
Um rosa perfeito e ingénuo, a mais bela combinação que poderíam ter criado.

Mas sabem?
O vermelho não desapareceu. Nem o branco.
Eles apenas se reiventaram. Sem eles, não haveria rosa.
Mas eles não perderam o seu "Eu", eles são "Eles", mas muito melhores.
Combinados, novos, magníficos.
(Porque é que não podemos todos ser um bocadinho de vermelho que se transforma em rosa?)

SM**Cap
(Demasiado aterefada para escrever o -puccino...)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu?

Gosto de um pouco de cor.

Junta-lhe rosa, e azul e verde,
Amarelo até dizer basta,
Não hesites;
Joga o vermelho por cima,
Não temas,
Acrescenta branco,
O mundo hoje é teu e só teu.

Laranja, laranja, laranja
E muitos limões e limonadas,
Maçãs e pêras e sei lá que mais,
Junta tudo,
Mais uns maracujás,
Para dar aquele toque que tanto gosto.

Toque, toque de veludo,
Sedoso com algodão branco, daqueles em ainda em flor,
Rodeado por campos de toalhas de linho fino
E calças de ganga no estendal
Juntamente com o teu vestido de rosas.

Rosas e jasmim,
E cerejas e relva acabada de cortar,
E terra molhada,
E tudo o mais que possas cheirar;
Um toque de cravinho e pimenta,
E canela até dizer chega!

Mas chega.
Isto eu não posso fazer por ti.
Sabes, eu dou um toque de cor e especiarias e cheiro a bolos no forno e toque de pétalas à minha vida, porque gosto dela assim. E combinada com músicas variadas, daquelas que não sabem a nada mas que dizem tudo, tudo, tudo. Daquelas que tocam, não nos ouvidos, mas bem cá dentro, circulando por entre hemácias, leucócitos e nem sei mais. E olhares, e risos e brincadeiras que não têm fim; e risadas e gargalhadas límpidas como o rio em que nado, sentada na ponte de que me recordo, saltitando pelas pedrinhas no Inverno gelado, mergulhando da prancha enquanto o sol se põe a pique.

Mas tu não. Gostas de viver cercado de tanta coisa, de tanta coisa, de tanta coisa que nem sabes o que tens.
E agora perguntas-me: e o que tens tu?
Eu? Eu tenho as minhas cores e a minha loucura, e as minhas risadas com toda a gente.
E os pássaros que cantam bem alto nas árvores que amo trepar.
Eu? Ah, eu tenho tudo aquilo que posso querer.


SM**Cappuccino
(com saudades do Verão, e das tardes deitadas no parque de estacionamento, e tão, mas tão feliz)
(E sim, com a mania de por demasiados "e" nas frases, mas gosto do ritmo allegro ou allegretto vivace ou mesmo allegrissimo. Ainda não me decidi)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tiny stars

Deixa-me ouvir.
Sinto saudades destas melodias repenicadas
De quando vens ter comigo.
O meu coração a acelarar em tom staccato,
As minha mãos a tamborilar na mesa.

Os meus olhos a sorrirem,
Mais do que o lábios,
Mais do que a própria cara.
Brilham, e mais do que as estrelas.

As estrelas,essas, consolam-me.
Aprendi a ouvi-las.
Elas cantam, sabes?
E falam, e dançam, e riem.
Riem muito, e deixam-me rir com elas.

Mas elas não cantam para ti.
Porque eu avisei-te,
Avisei-te e tu não quiseste saber.
Ignoraste as minhas pequenas sinfonias,
Foste embora sem qualquer ritmo ou tom,
Apenas mais umas linhas para continuar a escrever a minha música.

Mas, sabes? Não faz mal.
As estrelas ajudam-me.
Elas ajudam-me sempre.
E há tantas aqui na Terra, ao meu lado...
Mas tu não queres saber. Nem sabes que elas existem.

SM**Cappuccino

sábado, 10 de abril de 2010

Areias

Podem ver a minha primeira experiência com este material aqui.
Espero que gostem

SM**Cappuccino

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Perfect Days

Um gesto, muito ao de longe.
Um mão levantada, um olhar soturno, uma sobrancelha levantada.
Tudo e nada, uma combinação perfeita de milhares de gestos.
De microexpressões.

Uma pequena gota,
Cheia dos mais puros pigmentos,
Misturada com a quantidade certa de água,
Por cima de traços e rascunhos,
Por muitos traços de carvão e grafite e sei lá que mais,
Por cima de memórias, de recordações e ilusões.
Por cima de mim e de ti,
Por cima de tudo.

Mais um risco ali,
Ainda não está bem:
Faltam os cheiros e os sabores
E as doces melodias que jurei ouvir.
E os rios a correrem por entre os meus dedos,
Enquanto a tua voz sussura ao meu ouvido;
E os meus cabelos a voarem devagar ao vento,
Saboreando a suave liberdade
Por baixo de garças que aproveitam o pouco calor destes dias,
Saboreado com os pés pendurados no velho pontão,
Dentro da água fria e viva.

Não, chega de riscos e traços e cores.
Nunca o vou conseguir pintar,
Nunca ficará tão perfeito.
Mas nunca irei esquecer aqueles dias perfeitos.
Sei que não.
Vou guardá-los aqui dentro, num quartinho acolhedor,
Para sempre.
E para mais um bocadinho.


SM**Cappuccino

quarta-feira, 31 de março de 2010

Feel

Um passo, dois passos.
Piso a areia, fecho os olhos, estou farta de olhar. Farta de ver.
Sinto apenas.
A areia está quente e seca, sinto as suas fendas debaixo dos meus pés, a colapsarem a cada passo.
Quantas vidas não colapsam por cada passo que damos, e continuamos, nem as sentimos.
Eu hoje senti.

Um passo, três passos.
Chego à areia fria, molhada.
Uma onda vem-me dizer bom dia, molha-me os pés, traz-me uma alga para companhia.
Avanço, uma força gelada embate contra os meus joelhos.
Sento-me na areia, meio dentro de água, a levar com o Sol na cara.
Quantas vezes não nos lembramos de apreciar estes momentos, de sentir estes pequenos contrastes?
Mas eu hoje senti-os.

Um passo, cinco passos.
Estou nas rochas, os mexilhões a picarem-me e a cortarem-me os pés.
Os ouriços, nas poças pouco profundas assustam-se, têm medo que os pise (como fiz o verão passado).
Quantas coisas não pisamos para ficar com o melhor?
E quantas vezes não os culpamos a eles, pisados e feridos, sem os tentar sentir?
Porque dói, eu sei que sim. Às duas partes.
Eu hoje senti isso.

Se abrir os olhos, torna-se tudo demasiado real, tudo demasiado visto e não sentido.
Talvez ponha uma venda, talvez os abra.
Desde que sinta.


SM**Cappuccino
(com saudades da praia e dos mexilhões e dos pobres ouriços)

terça-feira, 23 de março de 2010

Ruas e caminhos

Vagueio por ruas que não me pertencem.
Vagueio sem cessar à procura.
Procuro em cada canto, em cada lamento, em cada boato.
Passo pelas casas e avenidas abandonadas,
Por desertos de cimento e incredulidade.
Por ruas de falsa esperança e abandono,
Por trilhos mal traçados.

Vagueio por aí e não me decido,
Vagueio pelo trilho de areia, é o único que me guia.
Não, não é, eu ando à procura.
À procura, mas não encontro.
Onde está, se já toquei em cada ferida, em cada arranhão,
Em cada pedaço que me arrancaste,
Em cada verdade esfarrapada e corroída,
Em cada mentira tapada com muros altos e protetores.
Vasculhei, e ninguém o pode negar,
Por entre o lixo da sociedade,
Por entre rumos encaminhados,
Por entre notícias fictícias
E histórias para crianças riscadas.

Mas não, fugiu.
Fugiu e eu não encontro.
Sento-me num pontão velho, os pés cansados dentro da água brava,
A alma a chorar,
Os olhos secos como pedra.

Um brilho.
Uma esperança,
Um sorriso.
Encontrei.
Afinal, estavas aqui dentro de mim, não era?
Não te preocupes, eu agora protego-te de todas estas falsidades e mentiras.

Porque já me protegeste antes, não foi?

SM**Cappuccino
(Anda, vamos mergulhar sem medo,
A água está fria e leve, como gostas.
Não tenhas medo.
Não precisas.)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Linhas soltas

Sento-me numa qualquer esplanada
Peço uma qualquer bebida, já definida:
Sempre e para sempre um quente Cappuccino.
Há coisas que nunca mudam...

Fecho os olhos,
O Cappuccino aquece-me levemente as mãos.
Há uma espécie de nevoeiro,
Mas o sol brilha apesar de tudo.
Fecho o solhos e tento ouvir:
Carros, motas, buzinas, gritos,
Nada, não o consigo ouvir.

Abro o meu caderno,
Preciso de desenhar alguma coisa
Preciso de reavivar a minha parte impulsiva.
Não sei, nunca sei o que vai sair, cada linha desenha-se a si mesma,
Cada traço surge inesperado,
Cada sombra, cada toque, cada capricho do lápis a soltar-se.

Não O oiço.
Não o oiço e isso põe-me louca.
As linhas cruzam-se, curvam-se, endireitam-se, percorrem um caminho que não decido, apenas auxilio.
As motas e os carros e as buzinas e o ambiente a gemer de dor fazem tanto barulho que não O oiço.
Párem, párem!
Preciso de paz e não a encontro,
As linhas a formarem uma qualquer imagem que lhes apetece,
E eu sem O ouvir.

Mas Ele está sempre lá, não está?
Fecha os olhos, tenta ouvir.
Eu tento.
Por detrás das buzinas e gemidos e queixas dos lagos poluídos e vizinho smal-humorados,
Por detrás das linhas que não controlo,
Por detrás do lápis que segue apenas impulsos que dirigo.
E oiço-O.
Porque sei que está sempre lá.


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"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente.."

Mas, querido Pessoa, às vezes fingimos tanto, que acabamos por fingir que fingimos, não é?
Eu sei, eu sei.


SM**Cappuccino

P.S: reparei agora, foi o 100º post ^^

sábado, 6 de março de 2010

Cheeky

Levanto-me a custo,
O meu corpo a reclamar por mais umas horas de sono.
Ligo a aparelhagem,
Fico de pé a ouvir a voz de alguém.
Demasiado a dormir, não reconheço as notas de "Cheek to Cheek",
Um saxofone e Frank Sinatra em primeiro plano.
Envolve-me.
Entra docemente, tão suave que mal se sente.
Deixo-me ficar ali, sem sentir coisa alguma, apenas a ouvir cada uma das notas tocadas e cantadas.
A música acaba, mas deixo-me lá ficar,
Oiço as minhas veias a contrairem ao ritmo da música,
O meu coração apanhou o entusiasmo de algum instrumento.
Depois pára.
Reparo então na aparelhagem a pedir novas instruções.
Não lhas dou, já gastei o meu tempo antes de acordar.

Continuo a ouvir um violino teimoso de Vivaldi a tocar junto ao meu ouvido,
O restolhar das folhas lembra-me uma música qualquer.
E depois percebo.
É como a sombra.
É tão doce, tão leve que mal se sente.

Mas está sempre lá.
Eu sei que sim.
(Eu preciso de saber que sim)

SM**Cappuccino
(com vontade de tocar viola e ouvir Frank Sinatra e outros o resto do dia)

Heaven.
I'm in heaven.
And my heart beats so that I can hardly speak
and I seem to find the happiness I seek
When we are out together dancing cheek to cheek.

F.S.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hoje apetece-me

Hoje?
Hoje apetece-me voar.
Apetece mesmo.
Voar por aí além, sem rumo nem destino.
A sonhar, sabes?

Hoje apetecia-me mesmo fazer um bolo.
Um daqueles de chocolate, com molho por fora a derreter
E uns pequenos enfeites.
Criar algo, sabes?

Hoje apetecia-me viajar.
Ir à Grécia, a França (Paris, ma très chère Paris)
Visitar locais já por mim esquecidos.
Recordar, sabes?

Mas ora, nao tenho tempo, pois não?
Já não tenho tempo para sonhar e criar algo a partir do nada,
Já não tenho tempo para me lembrar e recordar desses tempos felizes.

Mas, olha, já fiz isso tudo agora, não foi?
Afinal, ainda tenho tempo para muita coisa.

SM**Cappuccino (a aproveitar cada segundo como se não houvesse amanhã)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Gosto

A vida é complicada.
É uma das frases que mais oiço.
Oiço e calo e nada digo.
Mas, por dentro, fico desejosa de gritar
Fico frustrada para que me oiçam,
Peço para ter opinião.
Mas nada digo.

Nada digo, porque não concordo.
Nós é que complicamos tudo.

Eu cá vou nadando contra tudo e contra todos.
E, ao contrário do que muita gente pensa,
Gosto de rosa e de desportos radicais.
Não gosto de tons pastel,
Abomino roxo,
Acho o cinzento deprimente.
Contra todos os clichés, não gosto de rosas
Muito menos no dia 14 de Fevereiro.
Contra todos os ditos e mandamentos,
"Venero" orquídeas e túlipas,
Admiro estrelícias.

Gosto de montes e montes de cores
E gosto de cor aos montes.
Gosto de pintar céus rosa e estradas arco-íris
Gosto de imaginar o que está para lá do horizonte,
Gosto de nuvens e de aviões.
Gosto de sonhar e ver bolhas de sabão,
Gosto de dizer Bo-che-cha com a R,
Gosto de encher a cozinha de farinha e cacau
(Mas já não gosto de a limpar).
Continuo a adorar baloiços
Amo estar em cima de algo,
Quer sejam ferros ou árvores.
Gosto de trepar para ver a vista e descer para contar a toda a gente.
Gosto de falar português e misturar inglês, espanhol e francês.Gosto de não querer saber de nada nem do que pensam sobre a  je
Gosto que queiras saber de mim.

Será que a vida é assim tão complicada?
Não acredito, não acredito mesmo.

Eu ainda tenho sonhos em nuvens e bolhas de sabão,
A maioria das pessoas é que se esquece dos seus.

SM**Cappuccino
A ver o Sol por detrás das nuvens.

Selinho



Mais um selinho, desta vez da Nêss. Obrigada!
Agora devia dizer 5 músicas, mas como eu nem costumo responder a isto (ponho o selo no slide lá em baixo XD), vou dizer 5 cantores, sim?
-Bryan Adams
-Jonh Mayer
-Jack Jonhson
-Queen
-Mariza
-Pink Floyd
-Colbie Caillat

Não foram 5? É, nunca tive jeito para a Matemática.
E agora 5 a quem passo...
Estão a ver a caixinha que diz "Artistas"? Passo-vos a todos XD

Faxa favore de aceitar, sim?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Caixa para missangas

Para quem ninguém faça boicotes XD
(Clicar para ver mais)


SM**Cappuccino

Sweet dreams

Sweet dreams that never end...
Come here and stop
Don't think, don't act, con't pretend.
We know each other too much for that.
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Gosto de agarrar as nuvens.
Mas não por muito tempo.
Há poucas, mas mesmo muito poucas pessoas que as conseguem agarrar.
Sabem? As nuvens são sonhos.
São doces sonhos de crianças que ainda não têm limites;
Que sonham com um espaço sideral florido,
Que acreditam em marcianos,
Que criam planícies em Vénus.

Gosto de agarrar as nuvens e recordar-me desses tempos
Em que me deitava na relva a rebolar desde o cimo da montanha e ria e ria.
Esses tempos em que tinha medo de trepar à pirâmide, mas em que não desistia por nada deste mundo.
Tempos esses em que tinha medo de cair de patins.

Gosto de agarrar essas nuvens e ver os meus próprios sonhos nelas,
Reflectidos e refractados,
A mirarem-me mais do que eu a eles.
Gosto de olhar para eles e tranquilizá-los:
Ainda não desisti de nenhum.

Aos meus sonhos de pequenina,
Quando queria ser pintora,
Depois escultora e pintora em part-time (por causa do dinheiro)
E depois não queria ser nada.

Porque eu continuo a sonhar com eles todos os dias.
A diferença é que já os estou a realizar.

Porque as nuvens nunca deixam de ter formas, pois não?
Nós é que deixamos de as ver.


SM**Cappuccino
(Para quem não acredita, é porque ainda não viu a minha casa)

"O Princípe é o sonho dela.
Ela criou-o, fê-lo lutar por ela.
Fê-lo conseguir salvá-la.
Porque era o sonho dela."
in Dollhouse

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pousa...

Gosto tanto quando não queres saber.
Porque eu nunca quis saber de nada disso.
Portanto pousa.
Pousa tudo o que estiveres a fazer.
Pousa os remorsos e a culpa,
Pousa o egoísmo e a inveja que não te levam a lado nenhum.

Pousa essa tesoura de maldades afiadas, antes que te cortes.
Pousa esses lápis de preconceitos, já estão velhos.
Pousa essa folha de papel de lustro, tão cheia de si mesmo que já nem olha para ti.

Oh, olha, lembras-te desta folha amachucada?
Foi o teu primeiro desenho.
Ainda está cheio de cores vivas e delicadeza,
Ainda está cheio de sonhos e esperanças,
Com um toque pequeno e carinhoso de medo
Mas imensa vontade de o superar.


Se eu me lembro disto tudo,
Porque é que tentas com tanta força apagá-lo?
Não percebes que estas cores nunca se irão embora?
Não sabes porquê?
Porque as guardei aqui dentro, e tranquei o meu coração.

E não, não te dou a chave.

SM**Cappuccino

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Blog

Estou a pensar "remodelar" um pouco o blog e gostava da vossa opinião.
Aceito sugestões e todos os comentários são bem-vindos.
Respondam às sondagens com sinceridade, sff.
Se seleccionarem algo como "Muda tudo" ou "Não gosto", digam-me o que mudariam e para quê.

Obrigada
SM**Cappuccino

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fly

Deixa-me voar por aí sem rumo.
Não tentes impedir-me desta vez.
Ou melhor: tenta.
Faz tudo o que quiseres para me impedir de voar
E eu vou mostrar-te.

Mostrar-te-ei a ti e a todos,
Que vôo porque quero e não porque outros me obrigam.
Mostrar-te-ei, a ti e a todos, que nada me sabe melhor do que flutuar pelos céus da liberdade, a verdade nua e crua a bater com força na cara, os olhos a lacrimejarem saudade, as asas a implorarem por mais.
Mostrar-te-ei que não me conheces, que nunca ninguém me conheceu verdadeiramente.

Porque, se é verdade que vôo livremente,
É ainda mais verdade que vôo contra o vento.
E o vento, esse, muda a cada dia.


SM** Cappuccino
(Hoje baunilha, amanhã chocolate)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Midnight Dance

Para a Nêss: não consigo ver o teu blog :(

Ouvi um estranho som do meu quarto.
Levantei-me a meio da noite e desci as escadas.
Às escuras, pareciam não ter fim. Sempre pensei que tivessem apenas 11 degraus.
Contei 13.

Ouvi uma melodia vinda da sala.
Nunca tivemos um piano.
A minha antiga flauta está lá em baixo na garagem, à espera de mais um sopro.
A minha viola repousa suavemente nas costas da cadeira no meu quarto. A pedir mais um batuque, um último acorde, uma última festa.
Então, o que estava a fazer aquele estranho som?

Entrei de mansinho.
Alguém dançava, mal tocando com os pés no chão, com movimentos tão suaves como uma pena a cair.
Rodopiava e continuava.
Dançava uma qualquer música imaginária que, por alguma desconhecida razão, eu ouvia.
Ouvia e calava.
Ouvia e olhava e nada dizia.

Assim ficámos o resto da noite:
Eu olhava
Ela dançava.
Nunca soube quem era, nunca perguntei.
Nunca perguntarei.

Só me perguntava quando é que iria voltar,
Porque tenho saudades dos tempos em que os sonhos pareciam tão reais.


SM**Cappuccino
(desculpem a falta de assiduidade e e visitas, mas o tempo já não estica mais)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

S.O.S. Earth

Gostava de ir e e ver o mundo.
Gostava de ir e ver o Sol pela primeira vez.
Gostava de voltar a ver as estrelas que as luzes da cidade me tiraram.
Gostava de voltar a ver os rabsicos coloridos das crianças.
Gostava de ver as borboletas que agora fugiram.
Gostava de continuar a cantar as músicas das séries da FOX.
Gostava de poder ir passear.

Gostava de ir morar para uma estrela e esquecer tudo.
Mas sabes que não me conseguia esquecer de ti. Nem de ti. Nem mesmo de ti.
Portanto, gostava de ir morar para uma estrela e levar tudo aquilo que não quero esquecer.
Talvez leve a Terra inteira, se não acabarem de a destruir...

E eu que, quando era pequenina, sonhava em tranformar a Terra num estrela muito muito brilhante e bonita.
No entanto, cada dia ela é mais e mais destruída, e só chora, sem poder fazer mais nada.
(E o pior é que nós ficamos a olhar enquanto nos destroem a noss ÚNICA casa...)



SM** Cappuccino
(Será que reciclar é assim TÃO difícil?)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Receita

-Um pouco de Chocolate.
-Umas gotas de cacau derretido, com leite para ficar mais saboroso, e um nadinha de manteiga para não secar.
-Uma pitadinha de Baunilha.
-Uma essência de amor, misturada com empenho e dedicação.


1º-Misturar tudo, muito suavemente, vendo bem o que estamos a fazer.
2º-Juntar qualidades a gosto.
3º-Mexer com as mãos, para deixar tudo inteiro.
4º-Adicionar alegria quanto baste (e mais um bocadinho!!), memórias e gestos.
5º-Levar ao forno do coração.
6º-Decorar com muitos e muitos sorrisos.
7º-Servir acompanhado de uma música especial, ao pé da lareira com um copo da bebida preferida e um amigo/a para partilhar.



SM**Cappuccino

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Selinho


Da Nêss.

10 coisas que não me saiem da cabeça:

-Patinar
-Pintar
-Ler
-Escrever
-Amigos
-Sorrisos
-Sobrancelhas
-Bolas de Sabão
-O jantar de 6ª
-Música (muitas e muitas, mais ou menso uma para cada pessoa!)


P.S: Só agora é que reparei que a imagem não tinha carregado XD
E já agora, para quem quiser levar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Quem sou eu?

Eu?
Eu sou um eco de todas as minha memórias
De tudo o que me aconteceu.
De todas as perguntas sem resposta,
De todos os sorrisos à Beira-Mar,
De todos os Cappuccinos bebidos, sentidos, discutidos e desenhados.
De todos os bolos feitos Quinta à tarde com a Rita,
De todos os projectos com a Sara,
De todas as buscas com o Freddy.
De todas as viagens que me recuso a esquecer,
De todos os maus momentos que me recuso a lembrar,
De todas as palavras ditas e, ainda mais, das sentidas,
De todos os sonhos perdidos e, especialmente, dos perseguidos e alcançados.
De todos os sorrisos em bolas de sabão.

Eu sou própria,
Mas defino-me com a ajuda dos outros.
Eu nunca poderei dizer quem sou com exactidão,
Porque mudo a cada momento
E em cada tempo sou diferente.
Eu, no fundo, sou eu mesma,
Mas este mesma tem muito que se lhe diga:

Hoje, não gosto do mesmo que gostei ontem,
Hoje não faço o que amanhã farei,
Eu hoje não sou o que amanhã serei.

SM** Cappuccino

domingo, 3 de janeiro de 2010

Inspiration

O primeiro post do ano

Quero escrever. Escrever até que os meus dedos se fartem de carregar nas teclas finas. Ou até que o meu teclado comece a falar e a refilar por estar sempre a carregar nele (ele tem cócegas, e muitas, especialmente na letra "e". Portanto, estão a ver o drama). Mas sobre quê? A inspiração tem estado a fugir constantemente e não a encontro em lado nenhum.

Mas aqui parada não resolvo nada. Decidi ir dar uma volta.
(Se eu fosse a inspiração onde é que me escondia?)

Talvez num pontão.É um sítio calmo para pensar, um sítio bonito para imaginar. Tentei começar uma divagação (a Sara chama-lhes divagações cappuccinianas. Nome que eu gosto) numa praia longíqua e deserta, com uma história romântica, e personagens, por acaso, até interessantes e... bah, cliché. Tentei rascunhar um texto sobre um rio e tudo aquilo que ele transporta consigo. Lembro-me de ter lido num livro que dizia que nada nem ninguém pode apressar o rio. Ele vai sempre ao seu ritmo. Mas tirando o que me lembrava do livro, não escrevi mais nada.
Afinal, as ninfas do Tejo não tinham a minha inspiração.

Talvez num café. Um sítio onde gostamos de estar, para descontrair, para pensar, para tudo e mais alguma coisa. Uma história num restaurante. Uma num café, outra num bairro, outra no campo, outra sem sítio determinado.
Mas afinal a minha inspiração não estava nos sorrisos das pessoas, nem na aparente crise de que todos falam e ninguém ouve dizer, nem nos pássaros a pedir comida, nem nas crianças a andarem de triciclo. ( Onde é que ela se escondeu?)

Porque não está no campo. Não está na família, no Natal maravilhoso, com um grande almoço e fotografias de família com a família dividida em três grupos para cabermos todos. Aparentemente, não.
Nem na festa. Nem nos gritos no ano novo, nem no fogo-de-artifício, nem no champanhe que me recuso sequer a provar, nem na chuva.
Visivelmente não.

Recordando o meu percurso, do qual nem me lembro, ela não está. Nem metaforicamente, nem realmente, nem literalmente, nem outro qualquer mente falando.

Voltei para casa, meia desolada. Encontrei-a, a tremer, enroscada na cadeira, à minha espera.

SM**Cappuccino