terça-feira, 7 de abril de 2009

O meu pequeno mar



Oiço a excitação à minha volta:
Os gritos,a euforia, os risos, as histórias que não podem esperar.
Entro na minha pista, que será sempre minha por mais anos que passem.
Sinto o frio a percorrer-me o corpo quente,
Oiço o leve murmurar da água.
Mergulho num mar de despreocupações.
Todos os problemas ficaram à superfície, à tona, à espera.
Mergulho num mar de paz e imensidão, onde só se vê azul.
Aqui, não é difícil avançar ou retroceder,
Não se cometem erros
Não há perfeições.
Aqui não se fala, resume-se ao essencial.
É curioso como por vezes nos esquecemos de respirar.
Volto à superfície e oiço os mais novos ofegantes,
Vejo os professores na margem.
Mergulho novamente na paz e regresso ao básico:
Avançar, sem ter rumo, avançar por avançar fazendo bem as coisas.

E tudo ali se distancia da vida, onde os problemas são os primeiros a desaparecer.
A maldade, essa, caiu por terra com o primeiro duche.

SM**

2 comentários:

Raquel disse...

lindo como sempre

Sek disse...

Gostei. "E tudo ali se distancia da vida, onde os problemas são os primeiros a desaparecer.
A maldade, essa, caiu por terra com o primeiro duche."
Tocou-me este exercício de natação, esta prática da vida. Um abraço.